Não dês guarida a ofensas, nem te faças igual ao ofensor.
Se alguém te perturba e revidas, és semelhante a ele.
Se te ferem e não revidas, estás melhor situado do que ele.
Se te ofendem e perdoas, esquecendo a ofensa, enquanto aquele cai, levantas-te e marchas, situando-te em clima de paz superior ao dele.
Se, todavia, após perdoares e esqueceres, resolveres ajudar o teu ofensor, terás logrado a plenitude do que almejas, desde que ele, embora sem o saber, é instrumento da vida para admoestar-te no instante necessário, acusando-te de erros cometidos, ou que poderias, ou poderás cometer, colocando-te em alerta, contra ti mesmo, em considerando que os adversários mais severos estão sempre no homem, em forma de inferioridade e paixões, e não fora dele como se supõe.
Ninguém mais atacado, desdenhado, ofendido, escarnecido do que Jesus... Entretanto, sem débito de qualquer natureza, permaneceu impertérrito ante os perseguidores gratuitos, testemunhando que os legítimos valores são as qualidades íntimas e que a realeza verdadeira é inerente àquele que superou óbices e problemas, planando em harmonia íntima, acima de quaisquer circunstâncias.
O diamante na lama não deixa de manter o valor que lhe é próprio. E a estrela que reflete no lodo mantém o mesmo brilho que possui, quando rutilando na placidez da água cristalina.
Não te agastes, portanto, com as ofensas que te cheguem.
Se permaneceres íntegro, não te atingirão, porquanto és o que vitalizes e não o resultado das impressões e agressões naturais do roteiro de sublimação.
Segue adiante, haja o que haja, considerado ou não, certo de que todo ofendido de hoje resgata as ofensas que ontem praticou.
Bem-aventurado, pois, quando ofendido e perseguido, porque o reino dos céus te alcançará em breve o espírito!
Joanna de Ângelis
Do Livro: Celeiro de Bênçãos
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
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