A mediunidade em si mesma não é boa nem ruim, o que difere é como fazemos uso da mesma. Como será que a estamos utilizando?
Se a utilizamos para o bem, como instrumento de auxílio, seja atendendo aos Espíritos necessitados em uma reunião mediúnica, seja recebendo a intuição dos amigos espirituais que nos direciona ao bem maior, estaremos seguindo o exemplo e os ensinamentos do Mestre Jesus, Médium Divino. Exercendo-a com equilíbrio, esta se torna fator de sustentação espiritual e física, uma vez que o contato com Entidades Superiores nos energiza o Perispírito e a prática do bem nos trazem saúde, alegrias e vitalidade.
Se, no entanto, a exercemos irresponsavelmente, visando apenas o bem estar próprio, levados por sentimentos escusos e ações levianas; será causa de fraqueza e doença.
À medida que o médium se esclarece e se moraliza, o transe mediúnico é igualmente passível de elevar-se, sendo assim facilitado o contato com Espíritos de maior nível vibratório.
O médium, portador desta ou daquela faculdade, deve esmerar-se no refinamento de suas possibilidades. Enquanto a Mediunidade não for levada com a seriedade que requer, não poderemos colher os frutos que ela poderá produzir.
Através do estudo constante e sistemático e da reforma interior, o médium poderá mais facilmente realizar o intercâmbio, seja com Espíritos Orientadores, seja com aqueles necessitados em extravasar suas dores e revoltas em uma reunião mediúnica de atendimento aos desencarnados.
Para Emmanuel, o médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalhar em todos os instantes pela própria iluminação.
A Mediunidade é uma faculdade neutra sendo sua utilização ditada pelo discernimento de quem a possui. A condição mediúnica independe de raça, sexo, religião ou qualquer outro estado discriminatório entre as criaturas. Ninguém se julgue dispensado de estudar e aprender sempre. O progresso intelecto-moral do espírito é constante e necessário. Somente através do exercício perseverante é que o médium, um dia chegará a ser capaz de servir aos propósitos divinos.
O médium espírita tem nas palavras do Espírito de Verdade, presente no Evangelho Segundo o Espiritismo, o farol que ilumina o caminho da Mediunidade com Jesus: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”. Assim, a moralidade e o esclarecimento nos ensinarão a utilizarmos bem este dom que recebemos gratuitamente e nos dá a oportunidade de sermos ajudados, auxiliando o nosso irmão.
Segundo Emmanuel, a missão mediúnica é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidos por Deus aos seus filhos misérrimos. Acrescenta ainda que, a mediunidade é atributo do espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo.
Sejamos Médiuns do Cristo! Sigamos o exemplo de Jesus e assim estaremos utilizando a Mediunidade como um verdadeiro instrumento de trabalho da Seara Divina.
Bibliografia consultada:
O Livro dos Médiuns ; O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
O Transe Mediúnico – Odilon Fernandes (Espírito), Carlos Baccelli ( Médium)
Pelos Caminhos da Mediunidade Serena – Yvonne A. Pereira
Seara dos Médiuns – Emmanuel (Espírito), Chico Xavier (médium).
Elizabeth Medeiros Trabalhadora da SEFA e LEAN
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