Por Rosalina Vale
A questão 798 do Livro dos Espíritos nos esclarece que o espiritismo será uma crença comum entre os povos, e isso se dará de forma inexorável. A certeza na vida futura, e de que somos seres imortais, está modificando o comportamento moral do homem, na medida em que, senhor do seu destino, constrói seu próprio futuro.
“Nós existimos, pois o nada não existe; eis o que somos, e eis o que sereis; o futuro está para vós como está para nós (...). Com a certeza do futuro, os espaços infinitos se povoam ao infinito, o vazio e a solidão não estão em nenhuma parte, a solidariedade liga todos os seres, para além e para aquém da tumba (...). Cada um por todos e todos para cada um” (1)
A vida futura sob a visão da Doutrina Espírita modifica a conduta do indivíduo no presente. Começa ele, então a raciocinar sob a perspectiva do amanhã, uma vez que esse amanhã é construído por ele próprio. Aprendemos na Doutrina Espírita que não precisamos recorrer a totens para solucionar os nossos problemas e dificuldades, numa tentativa de transferência de responsabilidades, pois o grande milagre é a vida e o poder de escolha que está em cada um de nós. Se somos, herdeiros de nós mesmos, somos hoje o resultado do nosso ontem e, seremos amanhã, o que construirmos hoje e nessa perspectiva, o homem passa a conhecer o seu porvir.
A teoria filosófica dos que não admitem outra substância senão a matéria e a realidade física, que é o materialismo, vai perdendo seu espaço, pois como diz Divaldo Franco: “(...) o Espiritismo matou a morte”(2) . Nascemos de novo quantas vezes for preciso para o nosso progresso, aperfeiçoamento e busca da maturidade intelectual e moral sempre.
Qual seria então a nossa contribuição individual enquanto espíritas, para que de forma efetiva essa influência se produza na humanidade sem conjecturas ao proselitismo? Ao longo do tempo teimamos em permanecer numa conduta contemplativa que retarda o nosso crescimento interior e, consequentemente o do nosso semelhante. Abandonar essa postura, na tomada de atitudes em prol ao nosso irmão, nos auxiliará a avançar mais rápido no rumo da perfeição e nos impulsionará a um avanço mais rápido numa perfeita interação de homem para homem.
O Espiritismo vai proporcionar ao homem o mérito de suas próprias conquistas realizadas no exercício do seu livre arbítrio, ensinando a observância de si mesmo, da natureza e impulsionando a conquista de valores espirituais.
Lembremo-nos de que não basta só agir, é preciso agir bem, numa constante prática de renovação interior, pois, assim encontraremos no nosso semelhante, um instrumento de crescimento, uma vez que, a prática do bem e o exercício do amor se darão na convivência com esses seres.
O Espiritismo, então, Influencia decisivamente o progresso intelectual e moral da humanidade. Toda conquista do saber humano é uma obra coletiva, uns partem de onde outros param e param de onde outros irão começar numa fusão de aprimoramento e comprometimento mútuo do homem pelo homem.
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(1) A Gênese – p 45 item 62.
(2) Entrevistas e Lições – p 85, Divaldo Franco.
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