sexta-feira, 13 de abril de 2012

PORQUE NASCER DE NOVO?

ELIZABETH MEDEIROS

"Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. - O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. - Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. - O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito."

OESE, cap. 04, item 05 e JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.

Estamos aqui, ocupando espaço neste planeta, sabe Deus há quanto tempo! Talvez, tenhamos estagiado também em outros mundos, dos quais não recordamos mais! Vivemos tantas vidas, contemplando este mesmo céu ou outros, respirando esta mesma atmosfera, em épocas diferentes, em ambientes diferentes, com as mesmas pessoas ou com outras. Nascemos, crescemos, envelhecemos, vivemos, enfim; trabalhamos, erramos, auxiliamos e somos ajudados; muitas vezes nos comprometemos, mas, sempre progredimos, prosseguindo a nossa caminhada para a luz, para o infinito e para Deus.

No entanto, não temos uma ideia formada a respeito de porque estamos aqui. Temos uma vaga e incerta ideia de que somos imortais, mas, não sabemos bem como ou, se isso é verdade. Buscamos a paz e a felicidade, mas, não sabemos onde obtê-las. Dessa forma, perdemos muito tempo e atraímos muita dor desnecessária!

A Terra amadureceu e se tornou adulta; o ser humano saiu da barbárie e desenvolveu o seu intelecto, a princípio, lentamente; depois, de modo mais rápido, principalmente nos últimos séculos. Temos inteligência, tecnologia e muito conforto. Através do intelecto, aprendemos a vencer doenças, dificuldades e intempéries; mas, não conseguimos aprender o mais básico; aquilo que move o universo e propicia o desenvolvimento da humanidade: O AMOR.

É para isso que reencarnamos, continuamente. Para aprender a LEI DE AMOR; lei divina, soberana, que se constitui no motivo primeiro dos nossos renascimentos.

É para isso que nascemos, para buscar, através do reencontros com almas com quem nos comprometemos, o reajuste seguro, pela prática do amor.

Um dos efeitos da lei de amor é desenvolver também a nossa inteligência e, consequentemente, a nossa moral. À medida que compreendemos melhor a nossa responsabilidade como seres perfectíveis, iremos despertando a compaixão e a amorosidade em nossos corações; aprenderemos a utilizar o nosso livre arbítrio de forma justa e equilibrada, contribuindo, assim, para auxiliar, cada vez mais, o nosso progresso e, consequentemente, o progresso da humanidade.

Fomos criados simples e ignorantes, mas, com potencialidades para atingirmos a perfeição relativa. Podemos apressar ou não o nosso aperfeiçoamento espiritual. Mas, temos a liberdade de escolher o modo e o tempo em que seremos perfeitos.

O que nos falta, então, para nos direcionarmos ao autoaperfeiçoamento? Falta conhecimento, disposição ou ambos para atingirmos a única e verdadeira meta de nossas vidas; falta maturidade ao nosso Espírito, ainda tão ligado ao imediatismo e à materialidade; falta a “fé que move montanhas” para tomarmos consciência de somos Espíritos e, não somente seres humanos encarnados; falta assumir interiormente que destinados à imortalidade.

Jesus sabia da nossa ignorância em relação à nossa existência espiritual, tanto, que nos disse: “O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito”. Não sabemos, de fato, quem somos ou para onde vamos e, por isso, é tão difícil ter fé em nosso destino espiritual e, em acreditar que a nossa verdadeira pátria é a espiritual, compatível com a nossa origem divina. É difícil acreditar que não somos terráqueos, mas, cidadãos do universo, onde existem “muitas moradas”.

Existem muitas experiências a serem vividas, ainda, por nós, aqui ou qualquer lugar, onde pudermos melhor evoluir, mas, Jesus nos falou que “não sairão da Terra, até haver pago o último ceitil”. Por isso, só seremos transferidos para planetas mais evoluídos, quando completarmos as nossas necessidades evolutivas em locais de provas e expiações, ou seja, na Terra ou em planetas semelhantes.

Cabe a nós nos compenetrarmos do nosso destino espiritual, aproveitando cada encarnação para crescermos sempre mais, a fim de que possamos adquirir conhecimentos intelectuais e moralização compatíveis com a destinação da Terra, que ora, se prepara para entrar na era da regeneração; plantemos em nós a semente do amor, para que possamos amar ao próximo como a nós mesmos, confraternizando-nos com todos.

Utilizemos a atual encarnação para sairmos do egoísmo ainda tão presente em nossas atitudes e sentimentos. Cultivemos a paz, o amor, a fraternidade e a solidariedade, pois, só assim, estaremos cumprindo a meta da atual encarnação: a vivência prática da LEI DE AMOR!

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