sexta-feira, 9 de abril de 2010

valorize a tua vida


Ainda que sejam duras as tuas lutas,

Por mais enfrentes medonhos embates,

Se dor e mágoas em ti fazem permutas,

Digo-te, mesmo assim, nunca me mates.



Mesmo que a noite seja duradoura

E assombros morais sirvam de arremates,

Não creias nunca em força que agoura

Pelos passos terrenos. Não te mates.



Se a enfermidade minar-te esperanças,

Da frustração cruenta te precates.

Se na batalha aguda tu te cansas,

Busca ser resistente e não te mates.



Nos dias em que a fria depressão

Mostrar-te a vida em escuros contrastes,

Socorre-te, depressa, na oração.

Acha apoio em Jesus e não te mates.



Se vives pelo mundo amarga sorte

Porque o pretérito te impõe resgates,

Procura o amigo, a fé, busca ser forte

Co’ apoio médico, mas não te mates.



Em Deus terás arrimo e resistência

Por meio das lições de augustos vates,

Que nos sugerem paz, nunca a violência.

Usa o reforço deles, não te mates.



Tua vida é bênção de ingente beleza,

Seja qual for tua posição no mundo,

Se és rico ou se te moves na pobreza,

Gozas do amor de Deus, claro e fecundo.



Toda a deficiência ou dificuldade

Que te alcançam nas humanas estradas,

Falam-te da vulnerabilidade

Moral vivida em velhas caminhadas.



Nas propostas de Deus a vida é luz

A alcançar-te nas sombras da loucura

Para que, sob o amparo de Jesus,

Não mais cultives nova desventura.



Preserva o corpo carnal que te ajuda

A conquistar do mundo o bem maior.

Pois, passo a passo, a vida inteira muda

E matar-se é escolher sempre o pior.



Mergulha no trabalho a própria mente,

Dedica-te ao bem sempre, sem cansaço,

E o bem, por ti, salvará tanta gente

Que haverá sempre luz junto ao teu passo.



Busca a alegria em servir vida afora,

Tendo no coração fraternidade.

Não te mates porque há quem implora

A ação feliz, o afago e a caridade.



Valoriza tua vida e olha pr’o céu

E exora força a Deus para tua luta.

Jamais penses que a lida segue ao léu,

Se falas ao Senhor, Ele te escuta.

José Grosso

Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 9 de julho de 2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói, RJ

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