Por Ana Rosalina Vale
“Quando um único homem atinge a plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões” (Mahatma Gandhi).
A não violência, o amor, o controle das emoções e o equilíbrio fazem parte do legado de Gandhi, que nos deixou múltiplos ensinamentos, através das suas condutas e atitudes na promoção da pa
A Doutrina Espírita mostra com clareza que é possível vivermos em paz. Desenvolvemos ao longo de reencarnações sucessivas, a capacidade de dominar e superar as nossas inferioridades, por isso precisamos nos conscientizar da importância das escolhas que estamos fazendo, uma vez que seremos responsabilizados pelas consequências que advirão dessas escolhas.
A violência contemporânea manifesta-se de todas as formas na sociedade. Torna-se extremamente necessário que a harmonia e o equilíbrio comecem primeiro em nós e que a semente da tranquilidade seja plantada nos corações por onde passarmos.
Na medida em que sintonizamos e abrimos as portas para os noticiários, filmes, videogames, literatura e situações violentas, que presenciamos sem tomar qualquer posição, estaremos ajudando à proliferação, à consolidação e à perpetuação dessa chaga social, que é a violência; esta, por sua vez, instalada na sociedade, com a nossa conivência silenciosa, vai se acumulando inicialmente fora de nós e, a seguir, dentro de nós e começa a se tornar “normal” e rotineira; a partir daí, começa a anestesiar a nossa sensibilidade pela própria repetição e banalização, a um ponto tal, que passamos a achar normal o desequilíbrio, a brutalidade e o desrespeito que existe em torno de nós e a conviver “pacificamente” com o mal e o erro, nos afastando cada vez mais do amor e da Divindade.
Jesus trouxe à humanidade um código de conduta, cujos ensinamentos ético-morais, representam a conquista da paz, da felicidade, e do bem estar interior. Ele nos ensinou o caminho, porém a responsabilidade de seguir seus passos é nossa. Agredir, amedrontar, assediar, aterrorizar, colocar apelidos, discriminar, excluir, ferir, fazer sofrer, humilhar, ignorar, intimidar, isolar, ofender, perseguir são algumas das atitudes que normalmente presenciamos, fazendo parte do cotidiano e do cenário social em que estamos inseridos. Mantemos uma ação contemplativa diante deste caos social ou deveremos interferir no processo? Como espíritas atuantes no processo de divulgação da Doutrina dos Espíritos, teremos de tomar uma posição. É imprescindível que o nosso comportamento diante do resgate de valores como respeito e tolerância, sejam instituídos através do diálogo com todos os envolvidos, agredidos e agressores, pois dessa forma o ganho será de toda a sociedade.
O germe da criminalidade ou da violência está em relação com o estado moral do espírito. A Doutrina Espírita entende o violento como um doente espiritual e apresenta a educação como um meio de instrução que pode formar uma nova mentalidade entre os homens. Segundo Divaldo Franco – Entrevistas e lições, p 63, “(...) A violência é o fruto espúrio da ignorância humana. Remanescente da agressividade animal explode em a natureza graças às bases do egoísmo, o câncer moral que carcome o organismo social. O antídoto do egoísmo é o altruísmo. Por consequência, a melhor maneira de tornar uma sociedade justa e altruísta é a educação das gerações novas”.
Comecemos pela educação moral nos lares, nas escolas, no nosso exemplo aos adultos e crianças, mostrando-lhes que a mensagem de Jesus nos demanda a prática do amor em proporções cada vez mais sublimadas, para que possamos primeiramente transformar a nós próprios e, aos poucos, transformar o mundo, construindo a paz dentro e fora de nós.
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